Immortelle – H. gymnocephalum – 5ml

Immortelle – Helichrysum gymnocephalum Humbert

A espécie Helichrysum gymnocephalum pertence ao gênero Helichrysum, família das Asteraceae.
De acordo com a etimologia, Helichrysum deriva do grego “helios” sol e “chrysos” ouro. E gymnocephalum seria cabeça nua. É um arbusto de 1 a 4 metros de altura cujos ramos finais são cobertos por uma lanugem branca e muito fina. As folhas são longamente atenuadas em direção à base em pecíolos curtos, cobertas nas duas faces por uma lanugem e com três nervuras principais bastante visíveis na parte inferior. Sua floração ocorre de fevereiro a maio (1).
De acordo com estudos científicos, a planta apresenta propriedades antimicrobianas e antissépticas. Tradicionalmente, immortelle é usado em chás ou xaropes preparados a partir das folhas para os cuidados bucais. Também pode ser usado na forma de pomada para dores e tensões. As folhas e flores podem ser coadjuvantes na eliminação de líquidos, alívio do estresse e relaxamento muscular. A planta também é usada na composição de pastas de dente e suas folhas também eram usadas para embalsamar cadáveres (1).
Para obtenção do óleo essencial, as flores e folhas são submetidas a destilação a vapor. O óleo essencial de immortelle é um líquido claro a transparente. Rico em 1,8-cineol, monoterpenos e sesquiterpenos, o óleo essencial de immortelle é citado nos estudos como antioxidante, citotóxico, contribuindo para eliminação de células tumorais, antimicrobiano e revitalizante (1).
O OE de Helichrysum gymnocephalum possui propriedades semelhantes ao Eucalyptus globulus, sendo um pouco mais suave devido ao menor teor de 1,8 cineol (66,36% versus 73,65%, respectivamente). Este é um bom OE a ser usado em sinergias respiratórias para os idosos e crianças pequenas. O aroma é mais vibrante, mais profundo e mais doce do que o E. globulus, tornando-se uma ótima opção para aromatização no difusor, colar aromático ou em sinergias.

Componentes moleculares: ver cromatografia abaixo.

Monoterpenos
terpinolene 0.33%
a-thuyene 0.59%
limonene 0.69%
b-myrcene 0.79%
a-terpinene 0.82%
y-terpinene 1.78%
sabinene 1.82%
b-pinene 2.41%
a-pinene 2.87%
p-cymene 1.86%

Sesquiterpenos
a-copaene 0.28%
a-muurolene 0.67%
a-humulene 0.83%
b-caryophyllene 0.92%
y-cadinene 1.1%
y-muurolene 0.58%
d-cadinene 1.24%

Óxidos
1,8-cineole 66.17%

Monoterpenóis
linalool 0.3%
d-terpineol 0.71%
trans-p-mentha-1,2-dien-8-ol 0.76%
cis-p-mentha-1,2-dien-8-ol 1.11%
a-terpineol 0.59%
terpinene-4-ol 3.34%

Aldeídos
neral 0.04%

Aromacologia

Óleo Essencial do apoio emocional
Aroma herbáceo e adstringente, promove sensação de acolhimento, muito utilizado para equilibrar as emoções, contribuindo para o alívio de traumas emocionais, acalma a raiva e auxilia no perdão.
Seu frescor apoia o sistema respiratório, facilitando a respiração mais profunda e maior clareza mental e criatividade.
OE destilados das flores representam tradicionalmente novo crescimento e estão associados com a cabeça e coração. Eles são muitas vezes calmantes, aumentam a autoconfiança, trazem apoio emocional e renovam a energia. Formas de uso: BCAFLMS

Cosmética

Pode ser adicionado a cosméticos com ação antioxidante, porém com atuação mais suave que o H. italicum. Formas de uso: TUF

Usos Tradicionais

Immortelle é uma planta tradicionalmente utilizada no alívio de dores, eliminação de muco e proteção contra agentes externos. Formas de uso: ACCABFLMST
Pode ser adicionado a óleos de massagem, compressas e banhos para alívio respiratório e eliminação de muco. Formas de uso: BCFLM
Em banhos de assento, favorece os cuidados íntimos femininos. Formas de uso: BA

Toxicidade: nenhuma referência significativa encontrada na literatura pesquisada.
Contraindicações: nenhuma referência significativa encontrada na literatura pesquisada.

Vishwa Schoppan
Bióloga, Ecóloga, Aromaterapeuta.

Referências:
1. Afoulous S, Ferhout H, Raoelison EG, Valentin A, Moukarzel B, Couderc F, Bouajila J. Helichrysum gymnocephalum Essential Oil: Chemical Composition and Cytotoxic, Antimalarial and Antioxidant Activities, Attribution of the Activity Origin by Correlations. Molecules. 2011; 16(10):8273-8291. DOI: 10.3390/molecules16108273 Disponível em: https://www.mdpi.com/1420-3049/16/10/8273