Gengibre Fresco 5ml

Gengibre Fresco – Zingiber officinale Roscoe

O nome Zingiber tem origem na região indiana chamada de Gingi. O óleo essencial de gengibre é extraído da espécie Zingiber officinale, nativa dos locais costeiros tropicais da Índia e cultivada na maioria das regiões tropicais e subtropicais: Jamaica, sudoeste da Índia, Indochina, Sri Lanka (anteriormente Ceilão), África Ocidental, sul da China, sul do Japão, América Central, Madagascar, Zanzibar, Indonésia, noroeste da Austrália, Haiti, República Dominicana, Cuba e outras áreas das Índias Ocidentais. A planta pertence à família Zingiberaceae, é herbácea e tropical, se reproduz por bulbos e rizomas e possui flores amarelas que lembram as orquídeas. Desenvolve-se melhor em uma atmosfera quente e úmida e não tolera a incidência direta do sol (1).
Os rizomas do gengibre são amplamente utilizados como especiaria ou planta medicinal na medicina popular e tradicional. Na Medicina Ayurvédica, recomenda-se uma pasta feita com gengibre e leite ou água para o alívio da cólica infantil ou a combinação de gengibre com mel para os desconfortos respiratórios. Na Medicina Tradicional Chinesa, acredita-se que o gengibre fresco tenha temperamento quente e suave, enquanto o gengibre seco e torrado é considerado quente e apimentado. É popularmente usado como um coadjuvante natural na melhora da digestão e do apetite. Para os antigos gregos, o gengibre promovia uma digestão mais rápida e fácil. Por isso, eles preparavam um pão a ser consumido após as refeições, como auxílio digestivo. O gengibre também é encontrado na literatura como um potencial auxiliar da purificação do sangue, estimulante sexual, aperiente, antiflatulento, antiespasmódico, anti-hemorroidas, útil no alívio de náuseas e vômitos (2).
Para se extrair o óleo essencial, os rizomas são submetidos ao processo de destilação a vapor. O OE de gengibre possui mais de 160 componentes moleculares identificados, especialmente moléculas de monoterpenos e sesquiterpenos, como o zingibereno, que lhe conferem potenciais úteis para a manutenção do bem-estar. A composição química do óleo de gengibre é afetada a partir de muitos fatores diferentes, tais como condição geográfica, frescor ou secura do rizoma, métodos de secagem ou extração (2).
Os aromas da destilação dos rizomas frescos e dos rizomas secos são bem diferentes. O óleo essencial do rizoma fresco tem uma nota mais picante e adstringente, notas altas de cabeça do aroma. Já as notas aromáticas do rizoma seco são mais amargas e amadeiradas, notas baixas de cauda do aroma. Ambos são muito agradáveis. Recomendamos a experiência com ambos para ver qual aroma você prefere.
O óleo essencial de Gengibre Fresco da Terra Flor é feito dos rizomas recém-colhidos, em vez de secos, dando-lhe um aroma picante, refrescante e intenso, muito apreciado pelos adeptos da aromaterapia. Para se obter 1kg de óleo essencial, são necessários aproximadamente 150Kg de rizomas frescos.
O gengibre é considerado um dos temperos mais antigos e importantes, era conhecido e altamente estimado pelos antigos gregos e romanos que obtiveram a especiaria dos comerciantes árabes através do Mar Vermelho (2).
Simplesmente inalar o aroma do óleo essencial de gengibre poderá trazer vários benefícios, desde acalmar a dor de cabeça, estimular a digestão e a disposição para a intimidade. Foi relatado por etnobotânicos que mulheres no Senegal usam os rizomas de gengibre na confecção de cintos com o objetivo de despertar os sentidos adormecidos dos seus maridos (3).
O uso histórico desta planta é geograficamente e culturalmente vasto. De acordo com a medicina ayurvédica, na Índia, o gengibre é conhecido pelo nome de Viswabhesaj, que significa “remédio universal” em sânscrito (4).
Estudos apontam que as propriedades anti-inflamatórias do OE de gengibre se devem à inibição de fatores inflamatórios, conferindo a este óleo essencial o potencial de acalmar dores musculares, articulares e reumáticas (4).
Na aromaterapia, o óleo essencial de gengibre é muito utilizado em difusão ambiental, colar aromático, banhos, fricções, massagens, escalda-pés ou adicionado a cosméticos para os cuidados de beleza e bem-estar.

Aromacologia

Óleo Essencial do poder pessoal
Aroma penetrante, picante e refrescante.
Promove o enraizamento, direcionando a mente e dissipando as dúvidas.
Aporta coragem e incentiva o sentimento de ser capaz.
As qualidades sutis deste aroma acalmam a raiva, o medo e a agitação que pairam sobre o plexo solar.
Facilita o posicionamento e acalma a apreensão em corresponder às expectativas do outro.
Desamarra as restrições das habilidades individuais.
Aroma que estimula a sensualidade masculina.
Formas de uso: ACAFLMST

Cosmética

Devido à sua composição, pode ser um coadjuvante na composição de pomadas e óleos de massagem para alívio muscular e articular. Formas de uso: CFLM
Pode ser adicionado a cosméticos para redução de gordura localizada e manutenção da boa forma. Formas de uso: FLM

Usos tradicionais

Na doutrina das assinaturas, que é um método que relaciona a forma de uma planta a um órgão ou sistema do corpo humano, a raiz do gengibre apresenta afinidade com o sistema digestório.
Esta relação aponta para a ligação entre a raiz de gengibre e a sua utilidade para o bem-estar digestivo.
Na medicina popular, é muito utilizado para favorecer a eliminação de gases intestinais (4). Formas de uso: ABCAFLMS
Aroma tonificante masculino, pode auxiliar homens maduros no resgate da disposição e da sensualidade (4).Formas de uso: AFLMS
Pode auxiliar no resgate da respiração saudável, livre de tosse e muco (2). Formas de uso: ACFLMS
Aroma aliado da circulação, dos músculos e articulações, é um dos primeiros a ser utilizado nos cuidados naturais dos músculos e articulações doloridas (2). Formas de uso: CEPFLM
Na medicina popular, é usado como coadjuvante em óleos de massagem para acalmar os males das articulações (4). Formas de uso: CFLM

Vishwa Schoppan
Bióloga, Ecóloga, Aromaterapeuta.

Referências:
1.Bowles, E. Joy. The Chemistry of Aromatherapeutic Oils, 3rd ed., 2003.
2.Guenther, Ernest. The Essential Oils, Vol. V, 1952.
3.Valnet, M.D., Jean. The Practice of Aromatherapy, 1990.
4.Faucon M. Traité D’Aromathérapie Scientifique et Médicale Les Huiles essentielles. (3 ed). Paris: Éditions Sang de la Terre, 2017.